A fobia é um forte medo ou temor, de uma coisa ou evento, que está fora de proporção com a realidade da situação. Conheça os principais tipos de fobia e seus sintomas.
Quais são os sintomas da fobia?
A pessoa que tem fobia por alguma coisa ou situação, ficará ansiosa ou angustiada ao chegar perto ou entrar em contato com a situação temida. Além disso, poderá também, ter um ou mais sintomas físicos desagradáveis. Estes podem ser, por exemplo, aceleração do ritmo cardíaco, palpitações, sensação de mal estar, agitação (tremor), sudorese, boca seca, dor no peito, um "nó no estômago", e respiração rápida.
Os sintomas físicos são, em parte, causados pelo cérebro, que envia uma grande quantidade de mensagens, através dos nervos, para várias partes do corpo, quando a pessoa está ansiosa. Sem contar que, na ansiedade, há a liberação de hormônios do estresse (como a adrenalina) na corrente sanguínea. Estes podem, também, atuar sobre o coração, músculos e outras partes do corpo para causar inúmeros sintomas desagradáveis.
Quando se tem fobia, a pessoa fica ansiosa e angustiada apenas pensando na situação temida. Ela acaba evitando a situação o máximo possível e isso pode restringir sua vida e causar sofrimento.
OS DIFERENTES TIPOS DE FOBIA
1 - Transtorno de ansiedade social
Também conhecida como fobia social é, possivelmente, a fobia mais comum.
O indivíduo que tem transtorno de ansiedade social, torna-se muito preocupado com o que as outras pessoas podem pensar dele, ou como “os outros” podem julgá-lo.
Portanto, ele terá medo de se relacionar, ou de se expor frente a outras pessoas, especialmente estranhos.
Terá sempre medo de agir de uma forma embaraçosa ou humilhante, e de que as outras criaturas pensem que ele seja estúpido, inadequado, fraco, tolo, louco, etc.
Tentará, tanto quanto possível, evitar as situações de relacionamento humano.
2 - Agorafobia
Esse tipo de fobia também é muito comum. Muitas pessoas pensam que a agorafobia significa um medo de lugares públicos e espaços abertos. Mas isso é apenas parte dela. Quem tem agorafobia tende a ter uma série de medos de vários lugares e situações.
Por exemplo, pode ter medo de:
- Entrar em lojas, multidões e lugares públicos.
- Viajar em trens, ônibus ou aviões.
- Estar em uma ponte ou elevador.
- Estar em um cinema, restaurante, etc., onde não há saída fácil.
Mas todos eles resultam de um medo subjacente, ou seja, o medo de estar em um lugar onde a ajuda não estará disponível facilmente, ou onde haja o sentimento de que pode ser difícil de escapar para um lugar seguro (geralmente, sua própria casa).
Os agorafóbicos, quando se encontram em um lugar temido, ficam ansiosos e angustiados e sentem um intenso desejo de sair.
Para evitar esse mal estar, eles, normalmente, ficam dentro de suas casas durante a maior parte ou na totalidade do tempo.
3 – Outras fobias específicas
Há muitas outras fobias de coisas ou situações específicas.
Por exemplo:
- O medo de espaços confinados ou de ficar preso (claustrofobia).
- O medo de certos animais.
- Medo de injeções ou agulhas.
- Medo de vomitar.
- O medo de ficar sozinho.
- Medo de asfixia.
- O medo do dentista.
- Medo de voar de avião.
- Medo de insetos (borboleta, barata).
No entanto, existem muitos outros, alguns bastante raros.
TRATAMENTO DAS FOBIAS
O tratamento mais eficaz para esse tipo de patologia é a terapia cognitivo-comportamental (TCC).
Medicação antidepressiva também ajuda em muitos casos.
1 - Terapia cognitivo-comportamental
A Terapia cognitivo-comportamental (TCC) ajuda a mudar certas maneiras de pensar, sentir e se comportar. É um tratamento útil para vários problemas de saúde mental, incluindo fobias.
- A terapia cognitiva baseia-se na ideia de que certas formas de pensamento podem desencadear, ou acelerar, certos problemas de saúde mental, tais como ansiedade, depressão e fobias. O terapeuta ajuda a entender os padrões de pensamento atuais. Em particular, para identificar quaisquer ideias ou atitudes prejudiciais, inúteis e falsas que possam deixar a pessoa ansiosa. O objetivo principal é mudar os modos de pensar, para evitar essas ideias. Além disso, para ajudar os padrões de pensamento tornarem-se mais realistas e úteis.
- A terapia comportamental tem como objetivo alterar quaisquer comportamentos que sejam prejudiciais ou inúteis.
Quando se tem alguma fobia, há uma má resposta na presença do objeto temido, advindo a ansiedade e a fuga. O terapeuta ajuda a mudar isso. Várias técnicas são usadas, dependendo das condições e das circunstâncias.
Por exemplo, para a agorafobia, o terapeuta, geralmente, ajuda a enfrentar as situações temidas, um pouco de cada vez.
Um primeiro passo pode ser ir para uma curta caminhada, a partir de sua casa, com o terapeuta, que dá apoio e aconselhamento.
Com o tempo, uma caminhada mais longa pode ser possível, e, em seguida, uma caminhada para lojas, em seguida, uma viagem em um ônibus, etc.
O terapeuta pode ensinar a controlar a ansiedade no enfrentamento das situações e lugares temidos. Por exemplo, usando exercícios de respiração profunda.
Esta técnica de terapia comportamental é chamada de terapia de exposição, onde o paciente será exposto, gradualmente, cada vez mais às situações temidas, e aprendendo a lidar com isso.
- A Terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma mistura dos dois, onde há o benefício de mudar ambos, os pensamentos e os comportamentos.
TCC geralmente é feita em sessões semanais de cerca de 50 minutos cada, durante várias semanas. O paciente tem que ter um papel ativo, e são dadas lições de casa entre as sessões. Por exemplo, pode ser solicitado manter-se um diário dos pensamentos que ocorrem durante a ansiedade das crises.
Nota: ao contrário de outras formas de tratamentos falados (psicoterapia), a Terapia cognitivo-comportamental não olha para os acontecimentos do passado. A TCC pretende lidar com os processos de pensamento e/ou comportamento atuais, e ajuda a alterá-los sempre que necessário.
2 - Medicamentos antidepressivos
Estes são comumente usados para tratar a depressão, mas também ajudam a reduzir os sintomas de fobias (principalmente agorafobia e fobia social), mesmo para quem não esteja deprimido. Eles funcionam por interferência com os neurotransmissores cerebrais, tais como a serotonina, que podem estar envolvidos nas causas dos sintomas de ansiedade.
- Os antidepressivos não funcionam imediatamente. Demora de 2 a 4 semanas antes de seu efeito ajudar na diminuição da ansiedade. Um problema comum é que algumas pessoas param o medicamento depois de uma semana por não sentirem nenhum benefício, mas, ainda, é muito cedo para dizer se a medicação está funcionando ou não.
- Os antidepressivos não são calmantes e, geralmente, não são viciantes.
- Existem vários tipos de antidepressivos, cada um com vários prós e contras e que diferem nos efeitos colaterais possíveis. Entretanto, inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) são os mais comumente usados para transtornos de ansiedade e fobia. Exemplos de ISRS são escitalopram e sertralina.
- Nota: após a primeira partida de um antidepressivo, em algumas pessoas, o sintoma de ansiedade pode se tornar pior por alguns dias antes de começar a melhorar. O médico deverá manter um controle nas primeiras semanas de tratamento para ver como será a resposta do paciente.
Haverá casos em que a combinação de TCC com antidepressivo SSRI pode funcionar melhor do que qualquer tratamento isolado.
3 - Benzodiazepinas
As benzodiazepinas, tais como diazepam, são por vezes chamados de tranquilizantes menores, mas podem ter efeitos secundários graves. Eles costumam funcionar bem para aliviar os sintomas da ansiedade. O problema é que eles são viciantes e podem perder o efeito se usados por mais do que algumas semanas. Eles também podem dar sonolência.
Por conseguinte, eles não são um tratamento útil de longo prazo das fobias. No entanto, tratamentos rápidos, ou até mesmo uma dose única, pode ser útil para uma fobia que ocorre raramente. Por exemplo, quem tem medo de voar em um avião, uma pequena dose pouco antes de um voo pode ajudar.
Fonte: Saúde em Pauta
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