segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

OBAMA / MACONHA NÃO É MAIS PERIGOSA QUE ÁLCOOL E TABACO


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acredita que a maconha não é mais perigosa do que o álcool ou o tabaco, mas não considerou a legalização uma “panaceia” que resolveria todos os problemas, de acordo com uma entrevista publicada neste domingo na revista “New Yorker”.



- Como foi bem documentado, fumei maconha quando era jovem e vejo como um mau hábito e um vício não muito diferente dos cigarros que fumei durante a minha juventude e grande parte da minha vida adulta. Não acho que seja mais perigosa do que álcool - afirmou Obama na entrevista, feita em novembro de 2013.

O presidente explicou que considera “menos perigoso em termos de seu impacto sobre o consumidor”. Mas afirmou não encorajar o consumo.

- Eu disse às minhas filhas que é uma má ideia, um desperdício de tempo e não é muito saudável.
Para Obama, o principal problema do consumo de cannabis nos Estados Unidos são as penas desproporcionais e como elas afetam as minorias.

- A classe média não fica presa por fumar maconha, mas as crianças pobres ficam - disse. - Não deveríamos encarcerar jovens ou indivíduos por muito tempo por consumir (maconha), quando os que estão escrevendo essas leis provavelmente fizeram o mesmo.

Ele considerou que as leis estaduais, como a do Colorado, que descriminalizaram a maconha para o uso recreativo, devem avançar, já que permitem acabar com a situação injusta na qual grande parte da sociedade viola a proibição e “só alguns são punidos”.

O presidente ressalvou que a legalização não é uma “panaceia”, argumentando que é uma questão complexa, e será sentida em casos como nos Estados de Colorado e Washington.

- Tendo dito tudo isso, aqueles que argumentam que a legalização da maconha é uma panaceia e resolve todos esses problemas sociais, acho que provavelmente estão exagerando. A experiência no Colorado e em Washington será desafiadora.

Em seu primeiro livro, “Dreams From My Father” (1995), Obama escreveu, antes de entrar na arena política, que tinha usado maconha e cocaína. Ele afirmou que não tinha experimentado heroína porque não gostava do traficante que estava tentando vender a substância a ele.







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