A Polícia Civil cumpriu, nesta terça-feira (7), vários mandados de busca e apreensão no comércio da Rua 44, no Setor Norte Ferroviário, em Goiânia. Várias roupas, que segundo a investigação, seriam roubadas e e falsificadas, foram apreendidas. No entanto, ninguém foi preso.
A investigação teve início em dezembro de 2013, quando comerciantes da região denunciaram ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) que estariam sendo vítimas de um comércio desleal. Lojas estariam vendendo produtos pela metade do preço de custo. Para eles, isso poderia significar que as roupas eram roubadas e não teriam nota fiscal.
Em algumas lojas, os policiais tiveram que arrombar as portas para poder entrar. Segundo o delegado titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), José Maria da Silva explica como as lojas investigadas operam, os agentes se disfarçaram por dez dias para saber como o esquema funcionava.
“As lojas não opera, de forma aberta, só entram nas lojas quem recebe o cartão dessa loja. Quando [os agentes] recebiam o cartão, iam até a loja, olhavam e faziam o relatório que foi passado ao poder judiciário, que expediu os mandatos", detalha.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que as mercadorias fosse produto de roubos em outros estados. “Esse roubo estaria acontecendo em São Paulo e vendido a alguns comerciantes daqui. Alguns casos, que a investigação deve mostrar, que a pessoa vendia pelo varejo aqui pela metade do custo no outro estado, em São Paulo ou Santa Catarina”, afirma o delegado.
De acordo com José Maria da Silva, os criminosos usavam o nome de laranjas para poderem abrir as lojas sem serem flagrados. Documentos como cadernos de anotações e contas de luz também foram apreendidos e podem ajudar a polícia a encontrar os responsáveis pelos crimes.
Fonte: G1
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